Fotoperiodismo


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O fotoperíodo é o comprimento relativo do dia e da noite. Já o fotoperiodismo representa a habilidade de um organismo, em detectar e responder às variações do comprimento dos dias, ou seja, é uma resposta biológica a uma mudança nas proporções de luz e escuro num ciclo diário de 24horas.

As respostas das plantas controladas pelo comprimento do dia são numerosas, incluindo a iniciação do florescimento, a reprodução assexual, a formação de órgãos de reserva e a indução de dormência. Talvez todas as respostas fotoperiódicas das plantas utilizem os mesmos fotorreceptores, com rotas de transdução de sinais subsequentes especificas que regulam respostas diferentes.

A classificação das plantas de acordo com suas respostas fotoperiódicas está baseada no florescimento, embora muitos outros aspectos do desenvolvimento das plantas possam também ser afetados pelo comprimento do dia. Elas podem ser agrupadas em três tipos gerais, plantas de dias longos, plantas de dias curtos e plantas neutras. A distinção essencial entre as plantas é que o florescimento nas plantas de dias longos é estimulado somente quando o comprimento do dia excede uma certa duração, chamada de comprimento crítico do dia, em cada ciclo de 24 horas, enquanto a estimulação do florescimento nas plantas de dias curtos requer um comprimento de dia menor do que o comprimento critico do dia. O valor do comprimento crítico do dia varia amplamente entre as espécies.

As plantas de dias longos florescem somente em dias em que o período de luz for mais longo ou tem florescimento acelerado por dias longos. Estas tem ocorrência principalmente no verão. Por muitos anos, os fisiologistas vegetais acreditaram que a correlação entre os dias longos e o florescimento era uma consequência da acumulação de produtos da fotossíntese sintetizados durante aqueles dias. As plantas de dias curtos florescem apenas em dias curtos, ou tem florescimento acelerado por dias curtos. São características do início da primavera ou outono, pois passam por um período de luz menor do que um comprimento crítico. Tem-se ainda as plantas de dias neutros, que florescem independentemente da condição de fotoperíodo, são insensíveis ao comprimento do dia. Seu florescimento está tipicamente sob regulação autônoma, isto é, controle do desenvolvimento interno.

O fator mais importante para o desenvolvimento de uma planta não é o comprimento absoluto do fotoperíodo, mas sim se este é mais longo ou curto do que um certo intervalo crítico. As plantas exibem várias adaptações para evitar a ambiguidade do sinal do comprimento do dia. Uma delas é a ligação da exigência de temperatura a uma resposta fotoperiódica. Certas espécies de plantas não respondem ao fotoperíodo, até que tenha ocorrido um período de frio.

Sob condições naturais, os comprimentos do dia e da noite configuram um ciclo de 24 horas de luz e escuro. Em princípio, uma planta poderia perceber um comprimento crítico do dia pela medição da duração tanto da luz quanto do escuro. É possível induzir o florescimento nessas plantas com períodos de luz mais longos do que o valor crítico, desde que os mesmos sejam seguidos por noites suficientemente longas. Da mesma forma, tais plantas não florescem quando dias curtos são seguidos por noites curtas, após tal indução. As plantas de dias longos florescem em dias curtos, desde que o comprimento da noite seja também curto, por indução. Contudo, um regime de dias longos seguidos por noites longas não surge efeito em tais plantas induzidas.

O período de escuro pode se tornar não efetivo pela interrupção com uma curta exposição à luz, chamada de quebra da noite. Por outro lado, a interrupção de um dia longo com um breve período de escuro não cancela o efeito do dia longo. Tratamentos de quebra da noite de apenas poucos minutos são efetivos no impedimento do florescimento de muitas espécies de dias curtos, mas exposições muito mais longas são necessárias para promover o florescimento em plantas de dias longos

Roteiro experimentação fotoperiodismo

OBJETIVO: Discutir eventos fisiológicos influenciados pela luz

MATERIAL: Sementes de feijão e milho, potes de plástico, areia lavada.

PROCEDIMENTOS:

1) Coloque 5 sementes de feijão em cada pote contendo areia lavada com no mínimo oito repetições.

2) Mantenha quatro potes em luz plena e os outros no escuro total.

3) Repita o mesmo procedimento com as sementes de milho.

4) Observar após cinco das o efeito da luz (presença e ausência) sobre o desenvolvimento das plântulas, destacando a mudança no padrão do desenvolvimento.

5) Elaborar uma tabela comparando as plântulas de feijão crescidas na presença e ausência de luz , o mesmo deverá ser feito com as plântulas de milho.


Características observadas

Feijão

Milho

Escuro

Luz

Escuro

Luz

Pigmentação

Rigidez caulinar

Sistema radicular

Folhas primárias

Comprimento do hipocótilo

Comprimento do epicótilo

Gancho plumular

Comprimento do mesocótilo

Comprimento do coleópitile